Projeto de Restauração

“O PRIMEIRO FILME DE GRANDES CINEASTAS BRASILEIROS”

Projeto de Restauração idealizado por Renata Paschoal e Zelito Viana

“O Primeiro Filme de Grandes Cineastas Brasileiros”, formalizará, através da conservação e restauração de importantes obras audiovisuais brasileiras, a constituição de um acervo permanente digital, a serem depositadas na Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, que foram produzidas no país entre as décadas de 1960 a 1980. O projeto propõe resgatar a importância da produção pioneira de grandes cineastas brasileiros, trazendo ao olhar contemporâneo a força inventiva destas imagens. Remasterizando e recuperando o primeiro filme da carreira de sete grandes artistas como Júlio Bressane, Domingos Oliveira, Zelito Viana, Walter Lima Júnior, Ana Carolina, Paulo César Saraceni e Tizuka Yamazaki, o projeto visa conservar obras passíveis de deterioração, pela própria obsolescência da tecnologia em que foram produzidas. Esta iniciativa reforçará também o compromisso e o papel social de seus realizados, apoiadores e patrocinadores justamente na preservação de parte da nossa identidade.

Este projeto conta com o apoio do conservador-chefe e pesquisador da
Cinemateca do Museu de Arte Moderna (MAM/RJ) Hernani Heffner, Mapa Filmes e Link Digital.

 

Sobre as Obras
Todas as Mulheres do Mundo (1966), de Domingos Oliveira, com Leila Diniz e Paulo José.

Sinopse
No Rio de Janeiro, Paulo encontra o amigo Edu e lhe conta sobre uma "falseta" acontecida com ele e com uma moça chamada Maria Alice. A história começa com uma festa de Natal no apartamento de Paulo, na qual ele conheceu Maria Alice e o noivo dela, Leopoldo. Paulo se apaixonou por Maria Alice e passou a fazer de tudo para conquistá-la. A moça acabou cedendo e deixou Leopoldo, que continuou amigo dela, enquanto Paulo terminou casos com inúmeras mulheres. Os dois passaram a viver juntos mas Paulo sentia saudades da antiga turma enquanto Maria Alice ainda tinha imenso carinho por Leopoldo.

Classificação indicativa: 14 anos.
Considerado um clássico do cinema brasileiro. Está entre os 100 melhores filmes do Brasil.

 

 

 

 

 

 

 

 

Menino de Engenho (1966), de Walter Lima Jr., com Maria da Conceição e Antônio Pitanga.

Sinopse
1920, na Paraíba. Após a morte da mãe, o menino Carlinhos (Sávio Rolim) é enviado para o engenho Santa Rosa para ser criado pelo avô e pelos tios. Lá ele testemunha a chegada de um novo tempo, com o advento das modernas usinas de açúcar e as transformações econômicas e sociais pelas quais passa a produção canavieira, mudanças que irão afetar a vida de todos. Quando ele cresce e vai para o colégio, já não é mais o garoto ingênuo e inocente que chegou no engenho.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Cara a Cara (1968), de Julio Bressane, com Antero de Oliveira e Paulo Gracindo.

Sinopse
Um melancólico servidor público leva uma vida miserável enquanto alimenta uma paixão platônica pela filha rica de um político. O embate entre sua realidade e o desejo que sente acabam levando-o a momentos violentos e tensos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Minha Namorada (1971), de Zelito Viana e Armando Costa, com Fernanda Montenegro e Jorge Dória.

Sinopse
“Minha namorada” é a estória de Maria, uma garota moderna que, junto com seus jovens pais, pertence à moderna família brasileira. Noiva de um homem mais velho, sério e de ideias conservadoras. Maria vive numa estabilidade que seria perfeita se não aparecesse Pedro, um músico jovem, despreocupado e que personifica o verdadeiro amor e a verdadeira felicidade.

Prêmio de Melhor Atriz (Laura Maria)
Prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante (Fernanda Montenegro)
Prêmio Ator Coadjuvante (Jorge Dória).

 

 

 

 

 

 

 

 

Gaijin – Os Caminhos da Liberdade (1980), Tizuka Yamazaki, com Louise Cardoso, José Dumont e grande elenco.

Sinopse
Japão, 1908. Em virtude de haver muita miséria no país e poucas perspectivas de trabalho, muitos japoneses emigravam em busca de oportunidades. Como a companhia de emigração só aceitava grupos familiares que tivesse pelo menos um casal, assim Yamada (Jiro Kawarazaki) e Kobayashi (Keniti Kaneko), que eram irmãos, vêem como solução que Yamada se casasse com Titoe (Kyoko Tsukamoto), que tinha apenas 16 anos. Yamada e Titoe tinham acabado de se conhecer e, juntamente com um primo, partem para o Brasil. Após 52 dias de viagem chegam ao Brasil e vão trabalhar na Fazenda Santa Rosa, em São Paulo, pois a expansão cafeeira era intensa. Porém eles se deparam com um capataz que trata os colonos hostilmente, exigindo sempre que trabalhem até a exaustão.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Porto das Caixas (1962) de Paulo César Saraceni

Sinopse
No interior do Rio, na cidade de Porto das Caixas, uma mulher sofre porque não ama o homem com quem se casou; de fato, não consegue sequer chegar perto do marido sem sentir repulsa. Frustrada na vida e acomodada no seu destino de desfortúnios, ela se apaixona pelo dono do mercado da cidade, em quem coloca as esperanças de ser o homem que mudará sua vida e a levará para o estágio na vida que ela sempre quis estar. No entanto, o marido vai fazer de tudo para impedir a felicidade de sua mulher.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mar de Rosas (1977), Ana Carolina. Com Norma Bengell, Hugo Carvana e Cristina Pereira

Sinopse
Sérgio (Hugo Carvana) e Felicidade (Norma Bengell) chegam a um hotel no Rio de Janeiro, com a filha adolescente, Betinha (Cristina Pereira), discutindo o relacionamento. Uma briga que culmina na esposa agredindo o marido com uma navalha. Acreditando que o marido está morto, ela foge com Betinha de volta para São Paulo. Uma viagem que se torna um jogo de manipulações e violência. Mar de Rosas, em novembro de 2015, o filme ficou em 81º lugar na lista feita pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempo.