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MOSTRA DOMINGOS OLIVEIRA

Conhecido e aclamado por sua habilidade de buscar soluções criativas para os problemas morais do homem, transformando o cinema na melhor e mais inovadora forma de autoajuda, Domingos Oliveira escreveu e dirigiu o clássico “Todas as Mulheres do Mundo”, com Leila Diniz.

É muito provável que Domingos Oliveira tenha sido o único artista brasileiro a ter uma carreira importante em três meios distintos: cinema, teatro e televisão. Em mais de 60 anos de exercício da profissão, Domingos escreveu 28 peças, dirigiu 63, publicou 6 livros, lançou seis traduções, dirigiu 18 longas-metragens e participou de quase 50 telefilmes, como roteirista ou diretor.

Seus filmes eram feitos, na grande maioria, a partir de suas próprias peças teatrais, mas se destacam pelo domínio da linguagem cinematográfica. E sua circulação por diferentes ambientes artísticos fizeram com que se inovasse em cada um deles. Foi inspirado em seu trabalho no teatro que Domingos renovou o cinema brasileiro. Seus filmes evitavam excessos de produção, afastavam-se do tecnicismo e foram realizados por um grupo de atores quase fixo, que

trabalharam também na criação dramatúrgica, dando depoimentos pessoais e, em alguns casos, contribuindo na redação do roteiro.

Muitas vezes Domingos se valeu da própria vivência como material de partida para a recriação dramatúrgica. No entanto, seus filmes vão muito além da autobiografia, compondo painéis de nossa época, equacionando grupos de personagens e evidenciando os dilemas do homem contemporâneo.

Para Domingos, o romantismo sempre foi melhor forma de se viver a vida e, em meio à era da desilusão, construiu comédias que enobrecem o homem e retratam a experiência humana como algo notável, maravilhoso, surpreendente e digno de ser vivido. Em sua obra, o indivíduo, mesmo quando pequeno, frágil e inseguro, é sempre valorizado.

“UM HOMEM DEVERIA TENTAR FAZER DE SUA VIDA ALGO TÃO SÚTIL E DELICADO QUANTO UMA OBRA DE ARTE, SE POSSÍVEL UMA OBRA-PRIMA” D.O.

CATÁLOGO DOMINGOS